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(Observação importante: em dispositivos móveis a formatação das postagem pode ficar meio desconfigurada...)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Vamos falar sobre comida...

Comida é uma das necessidades primárias, e uma das maiores dores de cabeça pra algumas pessoas, principalmente quando estão começando a acampar... Conosco não foi diferente.
Claro que pesquisamos bastante, e assistimos a vídeos e dicas do pessoal mais experiente. Mas cometemos nossos próprios erros e temos nossas conclusões (até então) sobre o tema.
Alguns aspectos são fundamentais na hora de se pensar as refeições e o que levar:
- Número de pessoas (e o quanto elas comem!);
- Quantidade de dias/noites;
- Consequentemente, quantidade de refeições (jantas, almoços, cafés, lanches, etc);
- Distância/tempo/dificuldade de trilha;
- Recursos do local (quanto a armazenamento ou possibilidade de refrigeração);
- Peso e volume;
- Tempo e dificuldade de preparo da refeição;
- Quantidades e porções.
Bem, há outras variáveis, mas costumamos trabalhar com estas.
Eu tenho uma dificuldade imensa em lembrar das coisas, além de uma fortíssima tendência a me esquecer de itens fundamentais, de roupas a equipamentos quando estou arrumando as coisas. Por este motivo, desenvolvi três planilhas que são meu norte na hora de organizar os acampamentos. A primeira trata das roupas, kits, utensílios e itens diversos; a segunda especifica o conteúdo dos kits e suas quantidades (como medicamentos, partes do kit fogo, etc); e a terceira trata das refeições. Estas planilhas são preenchidas e verificadas durante a semana que antecede a empreitada, e damos sempre o último check na noite anterior.
Mais pra frente vou mostrar todas as planilhas, mas esta postagem tratará somente da terceira, a da comida.
No topo da planilha, colocamos as informações básicas, como quantidade de pessoas, dias, noites, local, data. Depois, tem uma parte específica que trata do café da manhã, até por serem ingredientes recorrentes. E então temos as refeições em si. Ali eu gosto de especificar todos os ingredientes em suas quantidades aproximadas para aquela refeição, como podem ver no exemplo. Vou listando as refeições e, ao final, tenho a quantidade total dos ingredientes. É nesta parte, geralmente, que paramos pra ver se o peso e o volume do que planejamos levar está adequado à situação do acampamento. É onde vemos se não seria melhor substituir alguma coisa por algo mais leve ou se podemos levar alguma outra coisa mais pesada... Tudo depende e varia em cada acampamento.
Agora vamos falar um pouco sobre cada refeição.
CAFÉ DA MANHÃ:
Para o café da manhã, por uma escolha nossa, utilizamos café solúvel. Há quem prefira levar o pó de café e o aparato para coar e tal. Mas nós não fazemos questão. Como essa é a primeira refeição do dia, e geralmente é muito cedo, só o café não sustenta por muito tempo, então sempre optamos por algum acompanhamento. Em geral, fazemos bannock (ou pão de caçador) ou a panqueca nordestina, chamada bruaca (uma versão simplificada e em formato achatado e sem fermento do bolinho de chuva). O primeiro é salgado, a segunda é doce. O primeiro é um pouco mais complicado de fazer, a segunda é fácil.
Claro que podemos levar opções prontas, como pães ou biscoitos. Vai do gosto, da disponibilidade de espaço e tempo de cada um.
Também levamos leite em pó de vez em quando.
LANCHES:
Os lanches são importantes, principalmente nos períodos entre as refeições principais e na trilha. Nossas opções são geralmente barras de cereal e/ou de proteína, frutas, biscoitos, porções de amendoim ou mix de frutas secas e castanhas...
REFEIÇÕES PRINCIPAIS (almoço e janta):
Aí temos a maior gama de opções. Desde enlatados, comidas liofilizadas (desidratadas), refeições prontas, etc.
- Liofilizada: Ainda não pudemos usar comida desidratada por não termos acesso direto à compra desses itens aqui em Porto Alegre, a não ser via internet.
- Refeições prontas nós já experimentamos algumas vezes, como os pratos da Alimentação Pronta (veja o site), e também versões de risotos prontos de marcas como Uncle Ben's, entre outras. A grande jogada desse tipo de refeição está, claro, na praticidade, pois basta aquecer em banho maria e comer, ou até comer fria mesmo, em caso de emergência. E são pratos mais elaborados, que não temos como fazer no meio do mato. Em geral o peso não é problema. Mas o preço já é mais salgado, tendo o custo médio de uns dez a quinze reais.
- Enlatados são uma opção tanto para acampamento como para estoque, devido a sua validade usualmente extensa. Mas pra mim, o contraponto está na quantidade acima do ideal de sódio, no peso e volume das latas, e também no sabor, que tende a ser mais artificial (pro meu gosto). Dentre os enlatados mais comuns (e por enlatados entenda-se também as embalagens de caixinha), costumamos usar sardinhas, atum em óleo, para usar o próprio óleo como combustível para fazer um arroz, por exemplo, grão de bico, seletas de legumes. Algumas vezes até compramos outros, como feijoadas, dobradinhas, almôndegas, mas estas já entram naquela categoria do excesso de peso e sal, então evito um pouco.
- Grãos, cereais e farinhas são as opções mais leves (em termos de peso mesmo) que costumamos levar. E são as principais fontes de carboidratos. Arroz, polenta, farinha de trigo, sempre estão na nossa bagagem de alimentos. E também são versáteis em suas combinações. Claro que exigem acompanhamentos, que virão abaixo.
- Carnes, gorduras, proteína são os acompanhamentos mais comuns que usamos. Bacon e linguiça (colonial ou defumada) estão sempre presentes, porque conseguimos comprar em quantidades relativamente pequenas, e já embalados, sem necessidade de refrigeração. O charque também é uma opção, mas exige mais cuidado e demora no preparo, devido ao processo de remoção do excesso de sal (que pode comprometer seriamente a refeição inteira se não for feito com atenção).
Já encontramos opções de carnes prontas, desfiadas e embaladas à vácuo, mas ainda não achamos embalagens num tamanho satisfatório pra levar pro mato. Normalmente são pacotes de mais de meio quilo.
Quanto a carnes em geral, que necessitem refrigeração, podem ser usadas se a trilha for realmente muito curta, e em temperatura amena, ou se você tiver condições de leva-la em algum recipiente térmico, e o ideal é que sejam consumidas na primeira refeição, pois, pelo menos no nosso caso, acampamos em locais mais isolados, sem possibilidade de conservação desse tipo de alimento.
Claro que se você vai acampar próximo a um lugar em que haja a possibilidade de pescar, um peixinho fresco tem todo o seu valor...
- Outros itens como cebola, ovos, e outros incrementos também são eventualmente elencados, assim como batata ou outra coisa que caia bem quando assada diretamente na brasa.
- Temperos em geral nós levamos em um kit específico. O nosso, atualmente, contém sal, orégano, pimenta do reino, coentro, tempero misto de cebola, alho e salsa, e duas garrafinhas (tamanho de dose única de uísque) com óleo de soja e azeite de oliva.
QUANTIDADES E PORÇÕES:
É importante que você tente aproximar ao máximo a quantidade que vai levar de cada coisa do que vai ser consumido. Pra isso eu uso a planilha, anotando o que vai em cada refeição e quanto vai.
Além disso, costumo separar as porções que serão usadas em cada refeição, até pra facilitar o manuseio e aumentar a praticidade na hora de cozinhar. Saquinhos zip-lock são bem úteis nessa hora. Nós usamos um tamanho de 8 x 14 cm pra colocar coisas como arroz, polenta... Cabe cerca de uma xícara e meia dentro dele.
TEMPO E DIFICULDADE DE PREPARO:
Isso também é relativo. Você pode ir acampar estando disposto a brincar de Master Cheff do mato. Ou você pode preferir perder o mínimo de tempo possível preparando o que comer. É uma questão de escolha e de situação.
PESO E VOLUME:
Também estão relacionados, diretamente, com aquela questão do tempo de trilha e do próprio volume e peso das coisas que você já está levando, do seu equipamento. É interessante evitar de levar muitas opções de refeição pesada. Costumamos deixar apenas uma refeição com ingredientes mais pesados (como batata, por exemplo), e preferimos não levar mais do que um enlatado, deixando o foco das outras refeições para os cereais e grãos, como já falei acima.

Bem, creio ter abordado os aspectos mais importantes em relação a esse quesito.
Espero que seja útil pra vocês.
Quaisquer críticas ou sugestões, comentem, por favor.
Abaixo, segue o vídeo em que falo sobre o tema.


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

As evoluções e por que é sempre bom mostrá-las

Estava dando uma olhada no canal do youtube, e em algumas das minhas postagens no Fórum Bushcraft Brasil (que, aliás, está oficialmente reaberto para novos membros!! Inscreva-se e venha aprender e contribuir com outros mateiros!), e percebi o quanto eu já postei atualizações de kits e utensílios. Parei pra olhar os primeiros vídeos, e comparei as escolhas que fiz na época com as que faço hoje (e que, certamente, não serão mais as mesmas já daqui a algum tempo).
Mas o que mais me chamou a atenção foi que, pras coisas que eu faço quando vou acampar, aqueles primeiros kits ainda seriam satisfatórios... Ao mesmo tempo que percebo o quanto aprendi e o quanto estou mais preparada e equipada agora.
Entendo que o caminho natural seja esse: sabemos pouco, não sabemos direito o que levar e como levar, depois vamos aprendendo e os kits aumentam, ficam mais completos, robustos. Ficamos mais preparados... E então, depois de um tempo olhamos pra tudo aquilo e acabamos chegando a uma conclusão estranha: não precisamos mais de tanto!
Ainda não estou nessa fase, importante dizer. Ainda estou na parte de melhorar os kits e me preparar. Mas falei essas coisas porque percebo essa tendência natural dentre os amigos mateiros.
Sempre começamos meio desajeitados e com poucos e talvez até ruins equipamentos. Então aprendemos a escolher e comprar (e fazer!), estudamos e aprendemos usos e alternativas... Daí, com a prática, chega naturalmente o momento em que já não vamos precisar de tanta coisa. E acredito que esse seja o momento mais importante, o que todo mateiro almeja: a "liberdade de utensílios", quando o conhecimento está acima das ferramentas em um nível que conseguimos enxergar, encontrar e produzir muito daquilo que vamos utilizar, da própria natureza.
Claro que isso acaba sendo até natural para alguns que já tem o contato com técnicas primitivas desde cedo, seja através do conhecimento passado no convívio familiar, ou pela própria experiência de vida. Porém, para pessoas como eu, nascidas e criadas nos centros urbanos, a prática e o conhecimento só chegam através da busca e do esforço. E claro que a falta de um local e de tempo também são freios da prática mateira. Vamos nos virando como dá, treinando em ambientes controlados e passando semanas, dias, meses, sonhando com a hora de poder desligar o botão da cidade e passar uns dias no silêncio da mata.
Enfim, voltando ao título do post, acho importante que a gente sempre registre, divida com outras pessoas as nossas experiências e evoluções (acertos e erros), porque assim conseguimos ter, no futuro, a dimensão da nossa própria evolução. Gosto de olhar meus primeiros vídeos. Gosto de pensar que hoje eu sei muito mais do que naquela época... Mas o que gosto mesmo é de ver os vídeos dos mestres e daqueles que me inspiram a aprender ainda mais. Sigo com o objetivo de praticar, aprender e melhorar, para que daqui a algum tempo eu olhe pras coisas que faço hoje e também sinta que sigo evoluindo.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Um novo saco para Mel

Fomos acampar no último finde. (Em breve, postagem e vídeo sobre). Dessa vez não ignorei a previsão do tempo, que apontava uma possibilidade mínima (5%) de chuva, além de uma diferença de temperatura significativa na região, indo de uns 18ºC durante o dia até as mínimas em torno de 7ºC. 
No sábado, depois de todo o ritual de montagem do acampamento, coleta e processamento de lenha, fogueira, jantar, nos preparamos para dormir, ainda na barraca, haja visto que a rede ainda está em fase de testes. Eram cerca de oito da noite. E a temperatura estava relativamente agradável. Sem uma brisa, e um silêncio bastante raro, afinal, no meio do mato sempre escutamos os bichinhos, grilos e etc. Estava tudo quieto.
Eu, como já tenho tendência a sentir frio, tratei de ficar de meias desde já, Fernanda dizia estar com calor. Eis que acordamos à meia noite, com uma atmosfera gélida. Ainda no silêncio total, ainda sem nenhum vento, mas a temperatura havia caído demais.
O saco de dormir da Fernanda é o modelo Liberty, da Nautika, cuja temperatura de conforto é em torno de 15ºC e a extrema é 5ºC. O meu, é modelo nenhum, de marca nenhuma, comprado por uns 20 ou 30 pilas, no hipermercado, que não tem qualquer especificação.
Praticamente não dormi a partir daquele momento, a sensação do ar gelado quase que me dava a impressão de estar ao relento.
Foi uma espera angustiante até o amanhecer, me revirando, me encolhendo, sem ter condição de mais do que uns cochilos leves, entre um sofrimento e outro.
Disso tudo, o resultado é o adiamento da compra da outra rede para a aquisição de um saco de dormir decente pra mim. Até porque, como estamos pesquisando sobre acampar com redes, e nos informando bastante antes de fazer a transição, já sabemos que na rede a proteção térmica é nula, e é preciso se proteger com o saco e o isolante.
Por enquanto, os candidatos são os modelos Mummy e Antartik, da Nautika mesmo. As outras marcas têm preços muito mais altos, que não estou disposta a pagar no momento, embora não esteja descartando boas (e plausíveis) sugestões.
O Mummy é pra temperaturas de até -1ºC, e o Antartik já vai até -7ºC (só que essa temperatura extrema meio que não conta... importante é saber que o conforto deles varia de 8 a 3ºC.

MUMMY:



ANTARTIK:

Depois que eu fizer a escolha e a compra, volto pra fazer um review...


terça-feira, 27 de setembro de 2016

Mochilas novas - Parte II

Eu havia dito, no post anterior, que tinha gostado muito da mochila que comprei pra Fernanda... E gostei mesmo! Fiquei bastante impressionada com a qualidade.
Assim que cheguei, já comecei a pesquisar sobre a marca, e assistir a vídeos falando sobre os vários modelos. Como sou exagerada, e prefiro que sobre espaço do que falte (afinal, do inverno pro verão, muda bastante o volume, já que não temos ainda aquelas roupas tipo termo skin, e temos que levar roupas quentes comuns). Comecei a comparar os modelos Mission (que comprei pra ela), de 45 litros e o Defender, de 55 litros. Achei interessante este outro, mas constatei uma coisa meio bizarra que acontece com esse tipo de mochilas: os anúncios, fotos e vídeos NUNCA dão a real impressão sobre o produto!! Em todas as fotos e reviews que assisti a mochila parecia menor. E, creiam, ela é bem grande!
Descobri mais uma coisa interessante... Eu moro quase ao lado do Regimento Osório, do Exército Brasileiro, aqui em Porto Alegre. Nas minhas pesquisas sobre os preços da mochila, encontrei um anunciante no Mercado Livre, cuja localização era, estranhamente, DENTRO do quartel! Cheguei a conferir no site deles, e tava lá a confirmação. Então liguei e perguntei se poderia ir lá olhar a mochila. A moça foi muito simpática, e me informou que basta chegar no portão e dizer que quer ir na lojinha que um dos milicos (não leia como termo pejorativo. Milico é um termo fofo) acompanha a gente até a loja.
Cheguei lá e era uma sala bem pequena, cheia de prateleiras e coisas tanto de uso livre como de uso exclusivo do EB. Além da moça simpática, havia uma senhorinha costurando.
A moça me mostrou as três cores do modelo Defender disponíveis: preto, verde oliva e coyote (marrom-meio-areia-mas-não-tão-claro). Foi tirar a mochila do saco, e em menos de trinta segundos eu tinha certeza que ia querer essa mesmo! A cor eleita, até pra não ficar de par de vaso com a Fernanda, foi a Coyote.
A compra foi realizada na Luge Artigos Militares: www.luge.com.br
Canal da loja no ML: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_48941399

Segue algumas imagens da mochila:












Link do vídeo das primeiras impressões da mochila:



segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Inverno imenso

Nosso último acampamento (no sentido de ir pro mato como curtimos) foi o de dezembro... Depois, viajamos em férias para o litoral de Santa Catarina, na Guarda do Embaú, lugar paradisíaco, cercado de natureza, trilhas, mar e rio... Ficamos num camping muito bacana, chamado Espaço Maeporã.
E de lá pra cá, mais nada!
Exceto algumas idas pro sítio, pra rachar uma lenha, fazer fogo e ficar pelo menos fedendo a fumaça. Mas não tivemos mais oportunidade de ir acampar. A única data em que havíamos planejado, foi pro espaço devido a muita chuva e ao único resfriado/dor de garganta que tive no ano inteiro!
Então veio o nosso casamento, e com ele o frio.
Ninguém esperava que tivéssemos inverno de novo. Há muito tempo que vínhamos tendo apenas três ou quatro semanas de frio, ali por junho ou julho, e o resto do outono-inverno com temperaturas amenas, até agradáveis. Tanto que alguns dos nossos acampamentos haviam sido em pleno inverno, e aparecemos nas imagens usando camisetas!
Só que este ano foi diferente. Estamos desde o final de abril encasacados. Salvo uns ou outros dias de temperaturas mais altas (raramente), estamos vivendo a estação fria mais prolongada e estável das últimas décadas.
Isso não nos impede, tecnicamente, de acampar. Mas dificulta um pouco, principalmente por não termos comprado roupas quentes e leves (e caras, diga-se de passagem), o que acarreta numa sobrecarga e num volume de roupas muito elevado para levarmos.
Porém, creio que a maior dificuldade nisso são os locais onde gostamos de acampar, que são, justamente, os locais mais altos, onde a temperatura à noite já é, mesmo no verão, bastante baixa.
Imaginem vocês que a Tajuva, por exemplo, na sua parte alta, onde temos nossa base 1, fica na mesma região e altura aproximada de cidades como São Francisco de Paula e Cambará do Sul, locais conhecidamente gélidos durante o inverno.
Fora isso, o frio também inibe a vontade de conhecer novos lugares para acampar em mata nativa, pois muitas vezes é bem complicado de conseguir informações fidedignas sobre temperatura e clima.
Tem sido difícil!
Já coloquei algumas vezes "anúncio" no Facebook, perguntando a amigos que tenham, ou conheçam alguém que tenha, alguma propriedade em Porto Alegre ou região metropolitana, com mata nativa e que permitam que a gente possa acampar, mas não tive sucesso...
Parece que meus amigos são todos cria da cidade! hehehe
Enfim, estamos chegando em outubro, e já temos a próxima data prevista para acampamento: o final de semana após as eleições. O local ainda está indefinido, mas esperamos que o tempo ajude desta vez!

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Mochilas novas - Parte 1

Esses dias eu resolvi fazer uma surpresa pra Fernanda: como a mochila dela já tava bem ruinzinha, pedindo penico, havíamos conversado, há algum tempo, sobre comprarmos em breve uma mochila nova pra ela. Pois eu encontrei uma mochila de que gostei tanto que resolvi arriscar.
Comprei o modelo Mission, da marca Invictus,que é, pra quem não sabe, a mesma famosa marca Tactical, que mudou de nome. Tanto que boa parte dos reviews que assisti eram com o nome antigo.
A compra foi meio que um tiro no escuro, afinal, era pra ela, e não pra mim. E mochila é uma coisa tão pessoal, que fiquei com medo de que ela não gostasse...
Bem, de início eu tinha dito pra ela que iria na loja pra comprar duas redes Kampa Joy, pra começarmos a nos habituar a usar redes e, de repente, no futuro, passar a usar pra dormir tb.
Só que a loja estava em falta deste modelo, e só tinham o Adventure.
(Depois eu vou fazer um post falando mais especificamente sobre a rede).
Eu até ia levar as duas mesmo assim, porém, vi o folder da marca Invictus no balcão, instantes antes de fechar a compra. E fui verificar quais modelos eles tinham ali. Então eu vi o modelo Mission e achei incrível. Resolvi deixar uma das redes e comprar a mochila pra ela.

Acontece que toda vez que compramos alguma coisa no cartão de crédito, ela recebe uma mensagem com o valor total... E, claro, assim que recebeu, me ligou, afinal, ela sabia o preço das redes...
Daí eu dei uma baita volta nela, dizendo que tinha gostado muito da mochila, que não queria mais a minha velha de guerra, e que tinha comprado!
Claro que deu pra perceber que ela não curtiu muito a minha atitude... hahahaha
Quando chegamos em casa, à noite, depois da aula, fui mostrar pra ela a mochila, falando dos bolsos, deixando ela mexer e tentando captar as reações dela.
Ela curtiu tanto que me disse que ia querer uma igual!
Daí eu disse: "Que bom que tu gostou, porque eu comprei pra ti!"
Muito amor!
Ela ficou mega feliz, e eu, mais ainda!
Link da loja onde comprei: www.topaventura.com.br

Abaixo, o vídeo que eu fiz logo que cheguei da loja, falando sobre a compra da rede, da mochila e da surpresa...




quinta-feira, 30 de junho de 2016

Mudanças na política tarifária para compras via internet

Ano passado nós fizemos uma postagem sobre compras na China via internet, usando sites como o Aliexpress:

http://guriasdomato.blogspot.com.br/2015/07/compras-da-china-surpresas-boas-e-ruins.html

Nessa postagem, foi mencionada a questão das cotas para valores de produtos recebidos no Brasil. A regra era a seguinte: pacotes com valores até US$ 50 e enviados de pessoa física para pessoa física não seriam taxados.
Recentemente, porém, houve uma decisão do tribunal de justiça da região sul que modifica essa política, pelo menos nos estados da região sul do Brasil...
De acordo com a notícia: http://adrenaline.uol.com.br/2016/06/17/44186/encomendas-inferiores-a-100-dolares-sao-isentas-de-impostos-define-tribunal-de-justica-da-regiao-sul/
A cota para compras pela internet passa a ser de US$ 100 e as compras não necessitam mais serem identificadas como envio de pessoa física.
Tecnicamente, dá pra comprar coisas até cem dólares.

Bem, se isso vai ser permanente, não sabemos... Se vai funcionar e como vai funcionar, também é meio difícil de prever.
Mas resolvemos arriscar. Acabamos de efetuar a compra de uma câmera no Aliexpress, que custa 88 dólares, com frete grátis.
Vamos aguardar o que vai acontecer quando chegar aqui no Brasil, e quais serão os procedimentos caso venha alguma correspondência de taxa.
De qualquer maneira, já pesquisamos o preço dessa câmera aqui, e sabemos que, mesmo caso essa nova lei não funcione e a gente tenha que pagar alguma taxa, sairá mais barato do que o valor aqui. Claro que todo o transtorno e demora ainda entram como ônus, mas, vamos aguardar...

terça-feira, 28 de junho de 2016

Minhas atuais referências para afiar lâminas

Claro que, como todo o cerumano da atualidade, eu sou uma aprendiz ferrenha do youtube!
E no ramo do bushcraft, acampamento, aventura, cutelaria e etc, há um solo muito fértil no grande portal de vídeos da internéte.
Eu sigo uma pá de canais, assisto vídeos de todo o tipo de assunto. E posso dizer que muito do que sei e do que pratico hoje quando vou acampar, veio de lições que aprendi nos vídeos.
Uma das coisas que mais me chama a atenção é a parte da manutenção de lâminas e utensílios.
AFIAÇÃO!
Vou indicar aqui alguns vídeos que estão nos meus favoritos do youtube, pela didática e pela eficácia do método na hora em que eu coloquei em prática.
Estes vídeos são os meus atuais parâmetros e técnicas de afiação. Claro que isso pode mudar a qualquer momento... Mas, fica o registro.
Primeiramente, um vídeo do canal do Celso Cavallini, em que o cuteleiro Ricardo Vilar dá dicas de afiação de FACAS. Este vídeo foi pra mim um pouco "desconstrutor", pois além de explicar de maneira bem simples o método de afiação, também me fez entender o motivo do meu descontentamento em relação ao fio de algumas das minhas facas: o EXAGERO! Sim. O fio, o acabamento, devem ser de acordo com o propósito de uso da lâmina. Logo, não adianta levar pro mato uma faca afiada pra cortar sushi...



Agora um vídeo do mestre Dambrós sobre afiação de MACHADINHAS. Foi imprescindível no momento em que eu adquiri a minha primeira (e por enquanto única) machadinha.



E este vídeo gringo (realmente pode ser um problema pra quem não entende inglês, mas achei muito útil) que foi upado ontem mesmo, do canal do Dave Canterbury... E que foi o que me motivou a fazer essa postagem.
Sobre afiação de instrumentos para entalhe em madeira, como facas curvas.




Outro canal que tem ótimos vídeos sobre afiação é o do Luiz Poell, onde aprendi a usar a técnica de polimento com esparadrapo e pasta:



Bem, existem muitos outros canais e vídeos interessantíssimos com técnicas das mais diversas de afiação e manutenção de lâminas... Como já falei, o youtube é um terreno muito fértil.
Esses foram alguns dos meus favoritos, os "escolhidos" pra dividir com vocês nesta postagem.



segunda-feira, 27 de junho de 2016

Estamos paradas... Por quê?

Como parece bem claro, estamos sem produzir vídeos ou textos há um bom tempo... E existe uma explicação plausível pra isso... Fernanda e eu nos casamos no final de abril, e isso, obviamente, nos tomou muito tempo e dinheiro, antes e depois da festa, da papelada e dos paranauê tudo. 
Somando-se a isso, também no final de abril, chegou o inverno aqui no Rio Grande do Sul, embora ainda fosse outono. A temperatura caiu bastante, o que deu uma desequilibrada na saúde e, claro, impossibilitou em certa medida os nossos acampamentos, visto que não estamos muito preparadas em termos de agasalhos para essas situações. 
Enfim, o nosso plano é realizar alguma atividade mateira pelo sítio mesmo, por enquanto, do que não posso prometer que sairá algum vídeo. Em geral, no sítio a gente exercita coisas "corriqueiras" como preparo de lenha, iscas, técnicas de fogo. Até rola de filmar, mas muitas vezes eu esqueço, hehe. 
Acampar acampar mesmo, provavelmente só em agosto, quando nossas finanças voltam a se equilibrar definitivamente (se o Freddy, nosso veículo, permitir), e se o tempo não for muito chuvoso, como costuma ser, aliás.


E aqui deixo o vídeo que postei no canal, também falando sobre isso...


segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Minha mochila e por que eu não comprei outra ainda

Uma das primeira coisas que precisei adquirir quando resolvi começar a acampar foi uma mochila grande o suficiente para acomodar as tralhas necessárias. Como a grana era curta, e eu estava na fase de comprar praticamente todo o equipamento básico, escolhi uma mochila barata, grande mas pouco confortável.
Ela não tem marca, e é feita para uso militar. Paguei R$ 140,00.
Já usei e abusei dela. Bastante resistente, não afrouxou um ponto sequer das costuras até hoje.



Mas, o ponto negativo, e previsível, dela é o (des)conforto. As alças são levemente acolchoadas, não possui encosto para as costas e a barrigueira é uma tira de nylon. Isso começou a me incomodar, a partir do momento que eu me dei conta que tô ficando velha!!
Além de ser de pano, e altamente "molhável", ficando úmida por qualquer coisinha e custa muito a secar. Na mesma loja em que comprei, encontrei esses tempos outro modelo, exatamente igual, porém feito com um tecido mais resistente à chuva e que, consequentemente, não fica com o dobro do peso quando molhado, mas não tinha essa opção quando adquiri a minha...
Aproveitando a gastação usual do final do ano, comecei a pesquisar e estudar a aquisição de uma mochila cargueira, de uma marca confiável. Entre mochilas muito boas e caras, e outras baratas mas não tão resistentes, cheguei no modelo Crampon 60, da Trilhas & Rumos.



O preço, na maioria das lojas na internet e numa loja física aqui de Porto Alegre, é em torno de R$ 350,00 (ou seja, mais que o dobro do que eu paguei na minha!), mas, levando em consideração outras marcas e modelos, parece um preço bastante aceitável para esse tipo de mochila.

Acontece que, mesmo no embalo do décimo terceiro, seria um gasto que não é, em princípio, essencial, tendo em vista que a minha mochila está inteira e, bem ou mal, atende às minhas necessidades. E também tem o fato de que eu realmente gosto dela, com todos os seus defeitos.
Então, surgiu a segunda opção: tentar customizar e melhorar a mochila que já tenho, gastando o mínimo possível.
Eis a ideia: peguei uma mochila dessas urbanas, da marca Wilson, que já estava toda errada, mas cujas alças eram bastante confortáveis, e destrinchei a coitada. Removi as alças e o encosto, e também duas presilhas e algumas tiras de nylon.
O problema seria conseguir alguém que costurasse isso tudo...

Consultando alguns entendidos do assunto, chegamos à conclusão que somente um sapateiro teria maquinário para fazer as modificações que eu queria... pois eu teria que alterar o posicionamento das alças também, e costurar sobre placas de espuma e talvez E.V.A.
Logo, me emputeci, liguei o foda-se, peguei agulhas e linha, e fiz do meu jeito!
A única coisa que não ficou conforme eu queria na ideia inicial foi o encosto, pois optei por, num primeiro momento, não mexer na posição das alças (cuja parte inferior me incomoda um pouco). E coloquei o forro/encosto por dentro, e não por fora, como seria o ideal.
Além desse reforço, costurei as alças pra poder carregar a barraca, que tivemos que levar na mão nos últimos acampamentos, por não conseguir prender na mochila da Fernanda.
Ficou assim:





Pretendo usá-la desse jeito nas próximas aventuras e, se assim julgar necessário, procuro alguém para fazer as modificações que faltaram OU compro a outra mochila cargueira. O tempo dirá qual vai ser a opção escolhida. De qualquer forma, a mochila da Fernanda é que está pedindo penico, logo, teremos que providenciar uma substituta em breve...
No primeiro teste ela funcionou bem. As costuras que eu fiz à mão resistiram a muita chuva e muita caminhada.
Ainda falta uns detalhes que quero fazer: colocar alças como essas que tirei da outra mochila para melhorar o conforto da barrigueira. Mas ainda não consegui mais uma mochila com esse tipo de alça para "doação". hehe E também modificar a posição das alças na parte inferior, porque ficam um pouco desconfortáveis.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Flint and steel com juta

Primeiro, um resuminho sobre o famoso flint and steel, a técnica de fogo com pedra e aço, através de faísca, que é uma das mais praticadas, juntamente com as de fogo por atrito (hand drill, bow drill... ou fogo com pauzinho :P que eu não pratico ainda).

Preciso enfatizar, mais uma vez, que praticamente tudo o que eu comento aqui (à exceção, claro, das minhas experiências pessoais e aventuras) sobre técnicas diversas, eu já aprendi de outras fontes, como o já mencionado Fórum Bushcraft Brasil, o próprio Youtube e no Google mesmo. Então, por vezes não vou me ater à falsa pretensão de ensinar determinadas coisas... Acho mais produtivo indicar os meios para que você procure vídeos e fontes de conteúdo melhores sobre cada assunto.

Resumidamente, e sem entrar em pormenores relacionados a especificações acerca dos materiais, a técnica de flint and steel, ou pedra e aço, consiste no uso de um pedaço de metal, geralmente com a borda lisa, lixada, que, em choque com uma parte mais cortante e/ou irregular, agressiva, de determinadas pedras (geralmente com altos índices de dureza), vai produzir faísca. O resultado é semelhante ao que se consegue ao riscar uma barra de ferrocério (ou pederneira), por exemplo, só que em menor escala, visto que a barra é um utensílio confeccionado para este fim. Mas a faísca por si só não vai adiantar muita coisa. E é aí que vem a parte mais difícil. Creia: bater com o ferro (ou striker) na pedra e fazer faísca é a coisa mais fácil do mundo... o problema é fazer essa faísca virar fogo...
É aí que entra a habilidade de obter o material que pode dar início ao fogo de fato. E, depois disso, de fazer esse fogo se manter e virar uma fogueira.
Você tem que ser rápido, ao mesmo tempo paciente e persistente.

Na maioria das tentativas iniciais, eu consegui fazer a faísca virar fogo, mas não consegui mantê-lo, com treino, fui encontrando a melhor maneira de chegar ao meu objetivo. É um aprendizado constante.

Pra começar, sempre uso o standard dos standards, que é o tecido carbonizado. Depois, um ninho com material seco e que pegue fogo rapidamente, como folhas secas, sisal, paina, etc. E recomendo não "economizar" no material do ninho, pois quanto maior ele for, menor a chance de se apagar antes de começar, de fato a fogueira. Já pequei por fazer um ninho muito pequeno e perdi algumas tentativas, na hora de tentar fazer o fogo pegar nos gravetos...

Vou colocar aqui alguns links de vídeos do amigo Cristian, do canal CR Bushcraft, nos quais ele explica algumas coisas importantes e que me ajudaram muito na hora de desenvolver minhas habilidades.

Primeiro, o vídeo sobre três modos diferentes de utilização da técnica:

https://www.youtube.com/embed/C8DUCEWKj48

Agora, o vídeo sobre os tipos de pedra:

https://www.youtube.com/embed/pq47yr_VN14

Recomendo também esse outro vídeo em que ele começa fazendo uma fogueira e depois dá dicas e demonstrações de como conseguir pedra na natureza:

https://www.youtube.com/embed/nJrqI8gyojk

E, finalmente, a coleção e os modelos de strikers do Cristian:

https://www.youtube.com/embed/JsvVSVtZTkc

Sobre os strikers, importante salientar que são produtos artesanais. Você não vai encontrar esses utensílios "industrializados". Eles são fabricados e vendidos geralmente por cuteleiros.
Nosso primeiro striker, ganhamos do querido amigo Dambrós, em janeiro de 2015, no encontro de Blumenau do FBB.
E, falando em Dambrós, e ainda nessa questão de strikers, muitas vezes é difícil encontrar um cuteleiro que faça essas peças (no nosso caso, tivemos que comprar de outro estado), mas não é muito complicado de fazer, se você não quiser entrar no mérito de entortar, moldar e querer fazer bonito.
Simplesmente uma lima dessas que se compra em ferragens já pode fazer a festa, como o próprio Dambrós explica nesse vídeo:

https://www.youtube.com/embed/MOJPNUXwWRM


Agora, vamos ao tema específico desta postagem...
A Fernanda estava fazendo umas coisas usando tecido de juta, e, conforme alguns retalhos haviam sobrado, ela me perguntou se aquilo teria alguma utilidade, talvez pra fazer fogo...
Resolvi testar.
O tecido é assim:



Embora a fibra em si seja muito parecida com o sisal (Agave sisalana , família Agavaceae), as plantas são muito diferentes.



Isto é sisal.
O sisal é uma planta originária do México.






(foto: internet)






A Juta (Corchorus capsularis) é uma fibra têxtil vegetal que provém da família Tilioideae. Esta erva lenhosa alcança uma altura de 3 a 4 metros e o seu talo tem uma grossura de aproximadamente 20 mm, crescendo em climas úmidos e tropicais. A época de semear varia, segundo a natureza e o clima.




Foto ao lado e abaixo: Ernesto Souza
(revista Globo Rural)


 O seu principal componente é a celulose, sob a forma de linho-celulose. A juta tem boa afinidade para corantes diretos e para corantes básicos. É muito higroscópica, regulando a umidade em 12%, o que a torna a matéria prima ideal para a sacaria, evitando tanto o ressecamento quanto a fermentação do produto acondicionado. É uma cultura fácil, acompanhada de uma maceração trabalhosa e de pouco rendimento, sem a utilização de agrotóxicos ou fertilizantes. (fonte: Wikipedia)

Foto: Alex Pazuello (Portal Amazônia)

Compramos um metro desse tecido (em casa de material para artesanato) por cerca de R$ 7,00.
Agora vamos ao teste propriamente.
Utilizei tecido carbonizado, striker e pedra, e a juta como mecha.
Vejamos o que aconteceu:






segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Chuveiro do mato (canal Primatas Urbanos)

Hoje vou dar um passo a passo para a confecção de um chuveiro de mato.
A ideia foi postada no youtube e no Fórum Bushcraft Brasil pelo amigo CCSanfelice, que já havia mostrado uma primeira versão desse utensílio e, recentemente, postou um upgrade.
Como eu possuía em casa alguns dos materiais, e já andava pensando sobre adquirir um chuveiro de camping no Aliexpress (e esperar eternamente pela chegada ou não do mesmo), optei por tentar fazer uma versão da criação do amigo.

Vamos ao material utilizado:

 - Saco plástico ultra resistente, não sei as especificações quanto à capacidade e resistência, mas já utilizei muitas vezes para captar, transportar e utilizar água nos acampamentos.
Tenho alguns exemplares que me foram presenteados pelo amigo Bruno Basile, no encontro de bushcraft de Blumenau/SC, em janeiro de 2015.
É importante que o saco tenha capacidade para pelo menos uns dez litros de água.

- O conjunto hidráulico é composto de:
     - uma luva (com rosca)
     - um niple
     - um bico para mangueira
     (esses três itens devem ser da mesma bitola, seja 1/2 ou 3/4)
     - um pedaço de mangueira de pelo menos 2m (pode ser mangueira de chuveiro, mangueira transparente... desde que não seja muito pesada, para não ficar ruim de carregar. Então, descartei mangueiras de jardim)
     - um terminal de chuveirinho de banheiro, que possa ser aberto e fechado manualmente.
     - fita teflon (veda-rosca)

Outros materiais que podem ser utilizados:
- serra
- arame para fixar a mangueira no bico
- fita isolante (no meu caso utilizei a auto fusão, para finalizar a conexão entre a mangueira e o bico e tentar evitar vazamentos) ou outro material para acabamento
- mosquetões, para os arranjos de fixação
- roldanas, para facilitar a reposição de água

- A "instalação" do chuveiro também é importante, visto que, ao contrário dos modelos industrializados, não se recomenda o uso dele simplesmente pendurado em alguma árvore, corda ou galho. Para evitar excesso de pressão na parte do saco onde fica o arranjo hidráulico, seria importante confeccionar uma base com alguns pedaços de madeira ou bambu.

- Também será utilizada corda de espessura e comprimento adequados para fixar o chuveiro na base e para erguê-lo a uma altura satisfatória (lembrando que, quanto mais alto, maior tende a ser a pressão da água que sairá na ponta da mangueira).

Segue o vídeo em que mostro as peças e a confecção do chuveiro:



O vídeo do canal Primatas Urbanos, de onde tirei a ideia. Nele é possível ver detalhes do arranho para base e suporte:




quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Kit afiação e os cartões diamantados para afiação - DMT

Geralmente eu usava lixa para afiar minhas lâminas. Aliás, lixa, pedra e lima...
Mas, lixas gastam rapidamente, e, pra carregar na mochila eu precisava cortar em pedaços pequenos. Além disso, elas necessitam de uma superfície regular para apoio, senão fica impossível de usar de modo prático.
Este é o meu kit afiação que carrego dentro da mochila. É bem completo, tendo em vista que o pessoal geralmente leva apenas um pedaço de pedra ou algum outro utensílio para retocar o fio. Pode-se dizer que o meu kitzinho faz "barba, cabelo e bigode", pois vai desde uma correção mais severa até o polimento... sem chegar a ser grande e pesado:



A bolsinha, junto com alguns dos itens dentro dela, foi presente da querida Teresa Blasi (link canal) no encontro de Blumenau/2015

Dentro dela eu costumo levar:

- Um pequeno zip-lock com pedaços de lixa de diversas espessuras (com foco no acabamento).
- Um pedaço de pedra dupla-face Carborundum.
- Uma peça de pedra-sabão com esparadrapo para usar com a pasta Jacaré (também presentes da Teresa).
- Um pequeno tubo com óleo lubrificante (motivado pela aquisição recente das placas DMT)
- E, finalmente, o conjunto de placas/cartões diamantados DMT.

Esses cartões eu conheci através de um vídeo da Priscila (clique para assistir ao vídeo). Só que ela comprou "no estrangêro"... Aqui no Brasil, além de serem difíceis de encontrar, os produtos dessa marca são bastante caros.
Acontece que, pra minha sorte, descobri um importador, exatamente na semana em que estavam rolando as promoções de black friday... E o preço do conjunto, que era originalmente de mais de duzentos reais, estava por cem pilinhas.
A Fernanda foi lá e comprou pra mim (meu presente de Natal).

Fiz um pequeno vídeo, apresentando o produto:



Minhas impressões agora, depois de alguns usos: É bastante eficiente! Usei em facas minhas, na machadinha, em facas da casa da praia (ceguetas!). Apesar de serem cartões bem pequenos, e exigirem uma certa habilidade pra acertar o ângulo, cumprem perfeitamente o seu papel.
Em princípio, me parecem bastante duráveis, mas isso, só o tempo irá confirmar.
Não há necessidade de usar com óleo ou água, mas eu prefiro usar o óleo, pela praticidade e menor agressividade.

Enfim, por ter comprado numa promoção, valeu muito a pena... Já pelo preço normal, com o dólar no nível atual... já não sei se eu encarava.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Novos potes para os kits (fogo e flint)

Gentem, depois de cair no rio e molhar tudo que tinha na mochila (que não estivesse devidamente vedado e protegido), resolvi procurar um novo recipiente para o meu kit de flint and steel, no qual o meu striker, após o meu descuido, começou a enferrujar...
Então, encontrei esse potinho da Guepardo:


Dimensões: 11 x 7 x 2,5 cm












E também buscava um outro pote para o kit fogo, pois o que eu usava, embora com espaço interno suficiente e bastante seguro contra água, o seu formato cilíndrico me dificultava bastante o acondicionamento dentro dos bolsos da mochila, principalmente quando ela estava bem cheia.

Numa ida ao mercado, esse pote aqui me chamou a atenção:





Dimensões aproximadas: 11 x 5 x 8,5 cm
 


O preço era bastante salgado, e eu sabia que, muito provavelmente, encontraria o mesmo pote (ou algum bastante similar) por preços bem inferiores, se procurasse em lojas especializadas... Mas, como é uma característica minha a falta de paciência, resolvi pagar caro e comprar esse mesmo.

Como explico no vídeo abaixo, tive que ajustar o conteúdo do kit, reduzindo um pouco a quantidade de borracha (que eu já nem uso muito).
O pote foi testado dentro de um balde cheio d'água e não vazou.




quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Dica de vídeo: Afiação de facas

Esse vídeo foi postado há poucas horas no youtube, pelo Celso Cavallini. No video, o cuteleiro Ricardo Villar ensina seus métodos de afiação, e dá dicas importantes.
Estou colocando o vídeo no blog porque achei bem interessante. Além de explicativo, acrescentou conhecimentos, esclarecendo alguns pontos que eu não compreendia muito bem... Principalmente em relação ao "excesso de fio".

Vale a pena conferir:


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Relógio novo!!!

Ganhei de aniversário da Fernanda, um presente lindo, funcional e importantíssimo!
Um relógio!
Mas não qualquer reloginho... um relógio de responsa!
O Mormaii Acqua Pro Adventure (MO1105AB):



A primeira coisa que chama a atenção nele é o tipo de display. Ao contrário da maioria dos relógios, ele tem o esquema de cores invertido: o fundo é escuro e os dígitos são claros. É bastante estiloso!
A cor, como a Fernanda me conhece muito bem, eu adorei! Amo cinza!
Agora vamos às características... Primeiramente, algo que me agradou bastante foi descobrir que o relógio é fabricado pela Technos (dispensa apresentações). Eu já sabia que a Mormaii licencia produtos de outros fabricantes e vende com sua marca, mas não tinha conhecimento de quem era o fabricante por trás dos belíssimos relógios. Essa descoberta já me animou.
Bem, assim como o xing ling (ver post aqui), este é um relógio grande. Obviamente é masculino. Aliás, os dois são aparentemente similares em dimensões e estilo.
As funções são: hora, cronógrafo (nome chique pra cronômetro), timer, alarme (com três opções) e hora secundária (dual time... pra colocar, por exemplo, um horário de outro fuso)
Dentro dessas funções há uma série de outros detalhes e coisas a mais que dá pra fazer e programar, mas não vou entrar em detalhes.
Além de tudo isso, uma coisa muito importante é a resistência à água de 10 ATM (ou 100 metros).
A caixa e a pulseira são feitas em poliuretano.
A faixa de preço está em torno de R$ 200,00, o que é ótimo, tendo em vista que, um relógio com a marca Technos, propriamente, é beeem mais caro.

Segue um vídeo de apresentação que eu fiz:


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Faca artesanal FASB "híbrida"

Os membros do Fórum Bushcraft Brasil compartilham comigo a angustiante espera pelo lançamento da segunda faca exclusiva do site...
Mas a minha vontade de ter uma faca artesanal era grande, então, resolvi me dar de presente neste final de ano.
A faca do FBB será confeccionada pelo cuteleiro renomado e respeitadíssimo Fábio Souza, do site www.facasmilitares.com e eu já vinha "namorando" as facas do site desde que entrei pela primeira vez. São inúmeros modelos e releituras de lâminas clássicas.

Inicialmente eu me interessei pelo modelo Bushcraft Atrox, faca projetada pelo membro do fórum e especialista em sobrevivência, Saymon Albuquerque (link do  canal no youtube).








Porém, tenho preferência pela ponta da lâmina mais puxada para o estilo bowie, nos moldes do modelo BK 17...










Conversei com o Fábio e chegamos ao híbrido: características gerais e tamanho da Atrox, com a ponta da BK 17.
Fiz a compra no final de novembro. Antes do Natal já estava com a faca em mãos.
Segue o vídeo do unboxing:




Algumas imagens da faca:






quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Fogareiro a gás - Aliexpress

Vídeo de apresentação do fogareiro a gás, comprado no Aliexpress.


Agora, depois das férias, posso dar um relato mais apurado sobre o desempenho. Ele já foi utilizado para fazer algumas refeições e para ferver água...
O único ponto negativo é que a chama, por ser bastante direcional, concentra o fogo no meio da panela... Pra cozinhar um arroz na minha panelinha maior, por exemplo, o cozimento não fica homogêneo, a parte central fica pronta antes e também rola uma queimadinha no fundo. Mas nada muito grave. Basta ficar atento e dar umas mexidas...


domingo, 3 de janeiro de 2016

Acampamento dezembro/2015

Não vamos entrar em detalhes no texto. O vídeo é bastante explicativo. Apenas queremos dizer que, embora tenha dado tudo certo, estamos cientes da quantidade de erros que cometemos e da nossa irresponsabilidade, principalmente em relação a termos praticamente ignorado a perigosa equação meteorologia versus geografia.
Bem, assistam e tirem suas próprias conclusões.