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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Coisas de menina (ou Lilly e o serrote)

Uma reflexão que me veio à mente agora há pouco, enquanto assistia a um vídeo do canal de uma mocinha austríaca, chamada Lilly. Aqui está o link pro canal Survival Lilly.
Primeiro, um breve resumo da proposta do canal. Essa moça faz vídeos de sobrevivência e bushcraft, sozinha ou com seu cão. Ela constrói coisas, treina e mostra algumas técnicas, e etc.
Uma das minhas primeiras impressões, ao ver algumas coisas que ela utiliza foram "Ah, mas assim fica fácil!".
Então, parei pra refletir... "Por que precisa, necessariamente, ser sempre difícil?"
É ótimo aprender várias técnicas e saber usar coisas primitivas. Mas, parece-me meio óbvio que nem todos têm as mesmas habilidades ou estrutura e preparo físico para dominar certas técnicas e utensílios.
Vou dar o meu exemplo, que é parecido com o dela: ela prefere e acha mais prático usar um serrote do que uma machadinha. EU TAMBÉM! E não é só praticidade. Estamos falando de mais uma coisa pesada que vamos ter que carregar.
Uma mulher comum não carrega o mesmo peso que um homem comum. É fato. A gente não tem a mesma estrutura física e nem a mesma força.
Eu passo assistindo a uma enxurrada de vídeos de canais (90% de homens) e fico tentando, muitas vezes, reproduzir as coisas que eles fazem, e até me frustro por não conseguir arregaçar um toco de lenha a machadadas sem me esvair e ficar cansada, por exemplo...
Não vou me comparar com as tias da Fernanda que nasceram e se criaram na lida da roça, pra quem esse tipo de coisa é mamão com açúcar. Eu nasci e cresci em Porto Alegre. Só fui me interessar e começar a praticar essas coisas há uns três ou quatro anos.
Mas também não vou generalizar. Há gurias que preferem a machadinha. Pois que usem.
Temos trabalhado pra reduzir o peso das tralhas que carregamos quando vamos pro mato... Justamente pra tentar facilitar um pouco a nossa vida. E alguma dessa redução de peso vem da troca de equipamento por outro mais leve ou funcional. Já reduzi e unifiquei kits.
Não levo mais a machadinha pro acampamento. Porque o que eu vou fazer com ela, eu faço com o serrote dobrável da Tramontina, carregando menos peso e fazendo menos força. E se precisar rachar algum toco menor, eu uso a faca, que essa sim é grande e eu não vou reduzir!
Aliás, num próximo post eu vou falar sobre a "marcha do equipamento"...
Enfim, só queria registrar a reflexão... Não é errado ou ruim optar por equipamentos modernos, principalmente quando a gente não tem tanta oportunidade de ir pro mato ou tanto tempo e espaço pra treinar as técnicas mais primitivas.
E o peso pode ser um grande inimigo e pode acabar com a graça do acampamento, dificultando tudo e até mesmo deixando alguém machucado.

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